quarta-feira, 26 de junho de 2013

Os quatro princípios da Bioética

Respeito à autonomia


Entende-se por autonomia a capacidade de um indivíduo de tomar decisões por si próprio, e respeitar a autonomia do paciente é o primeiro princípio da bioética. Isso quer dizer que um médico não pode forçar certa intervenção seu paciente, e o indivíduo em questão é livre para escolher o seu tratamento de acordo com o seu conhecimento e suas crenças. 

É de extrema importância, porém, que o médico forneça as informações corretas e necessárias para a tomada de boas decisões, sem ser paternalista, ou seja, sem negar ao paciente a liberdade de expressar os seus desejos, medos e necessidades. 

No Código Brasileiro de Ética Médica, o médico deve obter o consentimento informado do paciente antes de executar qualquer espécie de tratamento, salvo quando houver eminente perigo de vida.

Deve ser ressaltado que esse princípio só existe quando o enfermo for autônomo e perfeitamente capaz de tomar decisões; caso contrário, um parente ou um representante legal com os melhores interesses do incapacitado em mente e habilidade de entender as informações deve tomar qualquer decisão e fazer qualquer escolha. 

A não-maleficência


Esse princípio se refere ao fato de que o médico não deve, sobre hipótese nenhuma, causar dano. Ou seja, se não houver possibilidade de cura, então médico deve ao menos evitar causar algum mal ao seu paciente.
Podemos tomar por dano as seguintes ações (embora a lista de danos não seja restrita somente às que serão citadas): matar, causar dor ou sofrimento, incapacitar, ofender ou negar bens necessários à vida.
Devemos nos lembrar de que os princípios não absolutos, mas que em conjunto, devem funcionar em perfeita harmonia. Para ilustrar isso de forma prática, podemos usar como exemplo a quimioterapia.
A quimioterapia é um tratamento devastador, com efeitos colaterais que são dolorosos e causam sofrimento não só aos pacientes, mas também às suas famílias. Se o princípio da não-maleficência fosse absoluto, milhares de pessoas morreriam de câncer pois seriam negadas acesso à quimioterapia; o médico pode ter como prioridade o princípio da beneficência, que é de fazer o bem, que nesse exemplo é curar os pacientes com câncer.
Entretanto, em alguns casos, a não-maleficência deve preponderar, quando há risco de morte devido ao tratamento ou quando as chances de curas são por demais diminutas para justificar o dano causado pela quimioterapia.

A Beneficência


De uma forma bem sucinta, o princípio da beneficência é agir em prol do benefício dos outros. Existem, porém, dois tipos de beneficência: a geral, que é destinada a todas as pessoas indistinta e imparcialmente. Já a específica, relacionada com a ética biomédica, significa beneficência em relação a pessoas com as quais se mantém algum tipo de relacionamento especial (família, amigos).
O médico possui o dever de cumprir esse princípio perante a sua relação com o paciente, estabelecido pelo juramento hipocrático.
Como vimos anteriormente, embora os princípios de beneficência e não-maleficência sejam parecidos à primeira vista, eles complementam um ao outro, e não são absolutos, cabendo ao médico se utilizar deles de forma de justa, o que nos leva ao quarto e último princípio.

Justiça


Há várias definições e formas de justiça. A  justiça formal, por exemplo, que é igualitária e diz que, como pessoas, temos os mesmos direitos e obrigações. Um exemplo de justiça formal seria uma mãe distribuindo bolo para os seus quatro filhos: cada um deve receber um pedaço igual.
Entretanto, esse conceito de justiça é falho se aplicado à medicina. Dar o mesmo remédio a quatro enfermos com doenças diferentes pode ser igualitário, mas também é equivocado, pois doentes diferentes necessitam de tratamentos diferentes.
Entra aí outro conceito de justiça que se aplica melhor à prática da medicina: a justiça equitativa, ou seja, a distribuição de bens de acordo com a necessidade. As doenças não são iguais e os afetados por ela, também não, portanto a premissa da justiça formal de que todos são iguais se prova falsa e ela não funcionará.
A justiça formal supõe que os indivíduos já são iguais, e a equitativa promove a distribuição de bens para que os indivíduos se tornem iguais. Na medicina, a justiça é aplicada em direção à cura.
Voltando ao caso da mãe, se um dos filhos estava faminto há três dias e o outro, satisfeito, havia acabado de comer uma refeição, a justiça formal seria falha, pois um filho continuaria sendo mais privilegiado que o outro. Receber os mesmos pedaços não igualará uma situação entre dois indivíduos que não são iguais.
É possível dizer, então, que a justiça pertinente à bioética é a distribuição de bens visando à cura dos pacientes, de acordo com as suas necessidades.

Texto adaptado do livro Bioética, por Daleri Dall’Agnol.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Os três modelos de medicina

Tecnocrático

  1. Separação mente e corpo
  2. O corpo é visto como uma máquina
  3. O paciente é visto como um objeto
  4. Alienação entre médico e paciente
  5. Diagnose e tratamento de fora para dentro (curando doenças, reparando disfunções)
  6. Organização hierárquica e padronização de atendimento
  7. Autoridade e responsabilidade inerentes ao médico, e não ao paciente
  8. Supervalorização da ciência e da tecnologia
  9. Intervenção agressiva com ênfase em resultado a curto prazo
  10. A morte é encarada como uma derrota
  11. Um sistema dirigido pelo lucro
  12. Intolerância com outras modalidades
Princípio básico subjacente: Separação
Tipo de pensamento: unimodal, cerebral esquerdo, linear

Humanístico ou Biopsicossocial

  1. Mente e corpo como uma unidade
  2. O corpo como organismo
  3. O paciente como sujeito relacional
  4. Conexão e afetividade entre médico e paciente
  5. Diagnóstico e tratamento de fora para dentro e de dentro para fora
  6. Equilíbrio entre as necessidades da instituição e do indivíduo
  7. Informação, tomada de decisões e responsabilidade compartilhadas entre profissional e cliente
  8. Ciência e tecnologia contrabalanceada com humanismo
  9. Focalização na prevenção de doenças
  10. Morte como resultado aceitável
  11. Cuidado compassivo
  12. Mente aberta diante de paradigmas alternativos de tratamento
Princípio básico subjacente: equilíbrio e conexão
Tipo de pensamento: bimodal

Holístico

  1. Corpo, mente e espírito como uma unidade
  2. O corpo é um sistema de energia ligado com outros sistemas de energia
  3. Cura a pessoa "inteira", no contexto de sua vida como um todo
  4. Médico e paciente como uma unidade essencial
  5. Diagnose e cura de dentro para fora
  6. Estrutura organizacional em reder, que facilita a individualização do atendimento
  7. Autoridade e responsabilidade inerentes a cada indivíduo
  8. A ciência e a tecnologia são colocadas à serviço do indivíduo
  9. Uma focalização que objetiva criar e manter a saúde a longo prazo
  10. A morte é encarada com uma etapa de um processo
  11. Admite várias modalidades de cura
Princípio básico subjacente: conexão e integração
Tipo de pensamento: multimodal, cerebral-direito e fluído

O Espectro Médico

Modelo Tecnocrático>>><<< Modelo Humanístico>>><<< Modelo Holístico

Tabela retirada do livro "From Doctor to Healer: The Transformative Journey" de Robbie Davis-Floyd e Gloria St. John, tradução retirada de Memórias do Homem de Vidro, por Ricardo Jones

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Por que as crianças francesas não tem déficit de atenção


Artigo: classificar o transtorno, tratar como doença e entupir as crianças de remédios pode transformar precocemente comportamentos sociais em sintomas médicos 

Nos Estados Unidos, pelo menos 9% das crianças em idade escolar foram diagnosticadas com TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade), e estão sendo tratadas com medicamentos. Na França, a percentagem de crianças diagnosticadas e medicadas para o TDAH é inferior a 0,5%. Como é que a epidemia de TDAH, que tornou-se firmemente estabelecida nos Estados Unidos, foi quase completamente desconsiderada com relação a crianças na França?
TDAH é um transtorno biológico-neurológico? Surpreendentemente, a resposta a esta pergunta depende de você morar na França ou nos Estados Unidos. Nos EUA, os psiquiatras pediátricos consideram o TDAH como um distúrbio biológico, com causas biológicas. O tratamento preferido também é biológico — medicamentos psicoestimulantes, tais como Ritalina e Adderall.
Os psiquiatras infantis franceses, por outro lado, veem o TDAH como uma condição médica que tem causas psicossociais e situacionais. Em vez de tratar os problemas de concentração e de comportamento com drogas, os médicos franceses preferem avaliar o problema subjacente que está causando o sofrimento da criança; não o cérebro da criança, mas o contexto social da criança. Eles, então, optam por tratar o problema do contexto social de fundo com psicoterapia ou aconselhamento familiar. É uma maneira muito diferente de ver as coisas, comparada à tendência americana de atribuir todos os sintomas de uma disfunção biológica a um desequilíbrio químico no cérebro da criança.
Os profissionais franceses não usam o mesmo sistema de classificação de problemas emocionais infantis utilizado pelos psiquiatras americanos. Eles não usam o Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders ou o DSM. De acordo com o sociólogo Manuel Vallee, a Federação Francesa de Psiquiatria desenvolveu um sistema de classificação alternativa, como uma resistência à influência do DSM-3. Esta alternativa foi a CFTMEA (Classification Française des Troubles Mentaux de L’Enfant et de L’Adolescent), lançado pela primeira vez em 1983, e atualizado em 1988 e 2000. O foco do CFTMEA está em identificar e tratar as causas psicossociais subjacentes aos sintomas das crianças, e não em encontrar os melhores band-aids farmacológicos para mascarar os sintomas.
Na medida em que os médicos franceses são bem sucedidos em encontrar e reparar o que estava errado no contexto social da criança, menos crianças se enquadram no diagnóstico de TDAH. Além disso, a definição de TDAH não é tão ampla quanto no sistema americano, que tende a “patologizar” muito do que seria um comportamento normal da infância. O DSM não considera causas subjacentes. Dessa forma, leva os médicos a diagnosticarem como TDAH um número muito maior de crianças sintomáticas, e também os incentiva a tratar as crianças com produtos farmacêuticos.
A abordagem psicossocial holística francesa também permite considerar causas nutricionais para sintomas do TDAH. Mais especificamente, como o comportamento de algumas crianças piora após a ingestão de alimentos com corantes, certos conservantes, e/ou alérgenos. Os médicos que trabalham com crianças com problemas — para não mencionar os pais de muitas crianças com TDAH — estão bem conscientes de que as intervenções dietéticas às vezes podem ajudar. Nos EUA, o foco estrito no tratamento farmacológico do TDAH, no entanto, incentiva os médicos a ignorarem a influência dos fatores dietéticos sobre o comportamento das crianças.
E depois, claro, as filosofias empregadas na educação infantil norte-americana e francesa são muito díspares. Estas filosofias divergentes poderiam explicar por que as crianças francesas são geralmente mais bem comportadas do que as americanas. Pamela Druckerman destaca os estilos parentais divergentes em seu recente livro,Bringing up Bébé. Acredito que suas ideias são relevantes para a discussão, pois o número de crianças francesas diagnosticadas com TDAH em nada se assemelha aos números que estamos vendo nos Estados Unidos.
A partir do nascimento dos filhos, os pais franceses oferecem um firme cadre — que significa “matriz” ou “estrutura”. Não é permitido, por exemplo, que as crianças tomem um lanche quando quiserem. As refeições são em quatro momentos específicos do dia. Crianças francesas aprendem a esperar pacientemente pelas refeições, em vez de comer salgadinhos, sempre que lhes apetecer. Os bebês franceses também se adequam aos limites estabelecidos pelos pais. Pais franceses deixam seus bebês chorando se não dormirem durante a noite, com a idade de quatro meses.
Os pais franceses, destaca Druckerman, amam seus filhos tanto quanto os pais americanos. Eles os levam às aulas de piano, à prática esportiva, e os incentivam a tirar o máximo de seus talentos. Mas os pais franceses têm uma filosofia diferente de disciplina. Limites aplicados de forma coerente, na visão francesa, fazem as crianças se sentirem seguras e protegidas. Limites claros, eles acreditam, fazem a criança se sentir mais feliz e mais segura, algo que é congruente com a minha própria experiência, como terapeuta e como mãe. Finalmente, os pais franceses acreditam que ouvir a palavra “não” resgata as crianças da “tirania de seus próprios desejos”. E a palmada, quando usada criteriosamente, não é considerada abuso na França.
Como terapeuta que trabalha com as crianças, faz todo o sentido para mim que as crianças francesas não precisem de medicamentos para controlar o seu comportamento, porque aprendem o auto-controle no início de suas vidas. As crianças crescem em famílias em que as regras são bem compreendidas, e a hierarquia familiar é clara e firme. Em famílias francesas, como descreve Druckerman, os pais estão firmemente no comando de seus filhos, enquanto que no estilo de família americana, a situação é muitas vezes inversa.
Tradução por Jeanne Pilli, do blog Cultivando o Equilíbrio
* Artigo publicado originalmente no site da revista norte-americana Psychology Today,aqui a continuação do debate (e aqui, traduzido)

quarta-feira, 5 de junho de 2013

As doenças que mais venderam em 2012

Artigo adaptado de As doenças que mais venderão em 2012, autorado por Martha Rosenberg
A indústria farmacêutica é, de fato, uma indústria visando o lucro acima de qualquer coisa, inclusive da saúde de seus clientes. Um terço da população dos Estados Unidos toma antidepressivos, estimulantes e estatinas. A doença se tornou uma forma de se obter lucro e a cura agora é um empecilho, pois pessoas saudáveis não gastam dinheiro com remédios. Os laboratórios não só geram uma população de hipocondríacos; eles também falham em prover curas reais para doenças reais.

Nem todas as doenças são boas o suficiente para receber atenção da indústria farmacêutica... Elas devem atender a cinco critérios:
  •  Existir, obviamente. Mas precisa ter diagnóstico impreciso, ou seja, possuir uma área de manobra na quais os médicos possam trabalhar.
  • Ser potencialmente séria, com sintomas supostamente silenciosos que “piorarão” com o tempo, caso a doença não seja tratada.
  •  Ser rara. Se fibromialgia fosse tão popular quanto a gripe, por exemplo, certamente os remédios para “tratar” da doença não seriam tão caros.
  •  Explicar problemas de saúde anteriores.
  • Necessitar de uma droga cara, que não possua equivalente genérico.

Aqui está uma lista das doenças que as empresas farmacêuticas gostariam que você adquirisse.

            Déficit de Atenção com Hiperatividade em Adultos

Isso mesmo. Agora hiperatividade não é só mais uma doença infantil, agora que a moda da “depressão” passou e convenientemente, os índices de DDAH dobraram em mulheres de 45 a 65 anos e triplicou em homens e mulheres de 22 a 44 anos, de acordo com o Wall Street Journal.

Tanto a DDAH como a depressão pode englobar vários “sintomas”. Uma pessoa não pode simplesmente estar bravo, triste ou preocupado. Ela está depressiva. Assim como uma pessoa com DDAH pode ser menos responsável, confiável ou autoconfiante... O que pode descrever boa parte da população que por incrível que possa parecer, é completamente saudável.

Temos aí a doença perfeita. De diagnóstico impreciso e sintomas extremamente abrangentes, a indústria farmacêutica pode facilmente convencer crianças (e seus pais) a tomarem medicamentos para Déficit de Atenção.  Entretanto, isto é apenas metade da solução. Há ainda para se descobrir uma forma de crianças com déficit de atenção continuar a tomar o remédio em sua vida adulta.

A manipulação não só acontece nos anúncios de TV ou outdoors, mas também com a disseminação de artigos “científicos” que não são confiáveis, porém são de fácil acesso à população geral. Temos, por exemplo, o site WebMD, considerado manipulativo por profissionais como o Dr. Phillip Sinaikin que expressa que o site é “simplesmente o pior tipo de manipulação da indústria farmacêutica”.

            Artrite Reumatoide

A Artrite Reumatoide (AR) é uma doença tão perigosa quanto o seu tratamento. A doença inflama articulações, tecidos adjacentes e órgãos, enquanto os supressores imunológicos designados para o tratamento aumentam as chances de o doente contrair câncer, infecções fatais e tuberculose. Em 2008, a FDA anunciou que 45 pessoas que consumiam supressores imunológicos morreram devido a infecção por fungos, e ainda investigou a relação entre um deles com linfoma, leucemia e melanoma em crianças. Em 2012, foi anunciado que essas drogas podem causar um raro tipo de câncer nas células sanguíneas brancas em jovens.

Há alguns anos, os critérios para o diagnóstico de AR eram a presença do fator reumatoide e inflamações, esses critérios caíram para apenas enrijecimento e dor, sintomas que qualquer atleta ou pessoa de mais idade pode sofrer sem necessariamente possuir AR.

As drogas imunossupressoras são, então, prescritas, sem necessidade e a preços exorbitantes.

            Fibromialgia

A fibromialgia é uma doença caracterizada por dores inexplicáveis no corpo. Pouco relatada e potencialmente muito dolorosa, a doença carece de cura, mas duas grandes empresas farmacêuticas lucram rios de dinheiro com a fabricação de medicamentos aprovados para a condição: um anticonvulsivo e um antidepressivo, primeiramente indicado para a “dor” física da depressão, antes de ser aprovado para o tratamento de fibro.

Os fabricantes estão felizes com a alta margem de lucro de ambos os medicamentos, e talvez até mesmo os compradores estivessem, fosse o caso desses medicamentos não possuírem efeitos adversos tão intensos.

Usuários do antidepressivo relatam desejo de cometer suicídio, além de calafrios, problemas maxilares e problemas nos olhos. Já os que tomam o anticonvulsivo relatam perda de memória, confusão, ganho de peso, queda de cabelo, capacidade comprometida de dirigir automóveis, desorientação, espasmos, entre outros sintomas. Existem pacientes que tomam os dois medicamentos.

            Disfunções do Sono

Não bastando a definição inicial de insônia, a indústria farmacêutica decidiu então criar subtipos da doença para mais eficientemente “tratá-la.” Entre os subtipos mais lucrativos, se encontram.
  •  Insônia no meio da noite

Um sonífero popular para esse tipo de insônia caracterizada por momentos conscientes no meio da noite tem como um de seus efeitos colaterais, o sonambulismo. As pessoas afetadas comem, dirigem, fazem ligações e falam e não se lembram de nada do que fizeram depois.
  • Sonolência excessiva e transtorno do sono por turno de trabalho

A Sonolência Excessiva durante o Dia, ou SED, é uma doença real e pouco reconhecida, cujas causas podem variar de apneia do sono a narcolepsia. Mas as corporações farmacêuticas sugeriram que talvez a SED esteja relacionada ao estilo de vida, ou nesse caso, os horários de trabalho.
Para a felicidade dos laboratórios, estimulantes contribuem com a insônia, que contribuem para a SED, e então se entra em um ciclo farmacológico que se precisa de soníferos para dormir e estimulantes para acordar.
  • Insônia que é depressão

Distúrbio do sono causado por depressão, ou depressão causada por distúrbio do sono? Difícil dizer, por isso os pacientes lutando contra ambos os problemas devem tomar o dobro de medicamentos, naturalmente.

De acordo com o site WebMD, pacientes deprimidos com insônia saem melhor se tratados com 
antidepressivos e soníferos.


Muitas das novas doenças de massa caem nessa mesma armadilha. Para vender mais, as corporações misturam novos medicamentos aos velhos, que possuem baixa eficácia, vendendo demais e curando de menos.