Foi bastante fácil para o Dr. Carrison compreender que a resistência do povo às bactérias, aos vírus e às toxinas, se relacionava com a sua dieta. Nunca sofriam do estômago nem do intestino. Mesmo os octogenários ignoravam qualquer enfermidade dos rins, do fígado, do coração, das artérias. Conservavam a vista e o ouvido perfeitos, dentes fortes e sadios, nervos firmes. Em suma: todas as características da juventude.
Não conheciam os alimentos requintados da civilização ocidental: açucar industrial, café, chá, farinha branca, conservas. A única excessão era o sal, que usavam com parcimônia.
Dr. Carrison alimentou uns ratos com a comida típica de um bairro popular de Londres (alguns doces de farinha de trigo, conservas de frutas, carne, arenques, frituras e um pouco de hortaliças cozidas). Constatou que os bichinhos aos poucos adoeciam de todas as moléstias dos homens, tornavam-se nervosos, agressivos, inquietos, até se devorarem reciprocamente.
Os ratos alimentados conforme a dieta dos hunzas, conservavam-se sadios e sossegados.
Hoje a chamada dieta Hanser é conhecida em todo o mundo.
A.
BALBACH.
As Hortaliças na Medicina Doméstica, 1947