A acupuntura é um dos tratamentos médicos mais antigos e teve
sua origem na China: as raízes de sua filosofia estão nos ensinamentos
tradicionais do Taoísmo, que promove a harmonia entre os humanos e o mundo a
sua volta, assim como um equilíbrio entre o yin e o yang.
O primeiro livro redigido sobre o assunto foi Huang Di Nei
Jing (O livro do Imperador Amarelo). Foi escrito entre o primeiro e segundo séculos antes
de Cristo, como uma compilação do conhecimento médico então existente. A obra é dividida em dois livros. O
primeiro, Su Wen, questões fundamentais, discorre sobre a teoria médica da
época. O segundo livro, Ling Shu, ou eixo espiritual, é um manual de
acupuntura. Os dois livros tratam da aplicação dos conceitos de Ying e Yang na medicina, da teoria dos cinco elementos (ou cinco movimentos), descrevem a teoria dos meridianos, tratam do conceito do Qi e atribuem definitivamente
aos sintomas causas orgânicas ao invés de causas sobrenaturais.
Os primeiros acupunturistas utilizavam agulhas feitas com
pedras e ossos, mas posteriormente começaram a criar agulhas de metal, como o
bronze, ouro e prata.
No começo do século XIX, os viajantes que haviam ido à China
começaram a introduzir a acupuntura no Ocidente. Médicos na Europa e nos EUA
começaram a fazer experimentos com esta técnica. Um dos maiores e primeiros
devotos da acupuntura no Ocidente foi um acadêmico francês chamado de Geourge
Soulie de Morant. Ele viajou para a China na virada do século XX. Quando
retornou à França, após quase duas décadas, ele apresentou os textos e técnicas
clássicas da acupuntura para os médicos franceses.
No Brasil, o provável
início da prática do modo como a conhecemos deu-se em 1810, juntamente com a
vinda de imigrantes chineses.
Nas últimas três décadas, a acupuntura ganhou ainda mais
impulso e credibilidade. Hoje em dia, por exemplo, há diretrizes oficiais que
regem sua utilização, além de sociedades organizadas por profissionais
capacitados em acupuntura. De acordo com uma pesquisa nacional sobre saúde
feita em 2002 nos EUA, a maior pesquisa sobre medicina complementar e
alternativa feita até hoje, estima-se que 8,2 milhões de adultos americanos já
experimentaram a acupuntura.