O luto é um conjunto
de reações a uma perda significativa, geralmente pela morte de outro ser. Segundo John
Bowlby quanto maior o apego ao objeto perdido (que pode
ser uma pessoa, animal, fase da vida, status social...) maior o sofrimento do
luto. O luto tem diferentes
formas de expressão em culturas distintas.
O Modelo de Kübler-Ross propõe uma descrição de cinco estágios
discretos pelo qual as pessoas passam ao lidar com a perda, o luto e a tragédia.
Segundo esse modelo, pacientes com doenças terminais passam
por esses estágios.
O modelo foi proposto por Elisabeth Kübler-Ross em seu
livro On Death and Dying,
publicado em 1969. Os
estágios se popularizaram e são conhecidos como Os Cinco Estágios do Luto (ou
da Dor da Morte, ou da Perspectiva da Morte).
Primeira fase: negação
Nessa
fase a pessoa nega a existência do problema ou situação. Pode não acreditar na informação
que está recebendo, tentar esquecê-la, não pensar nela ou ainda buscar provas
ou argumentos de que ela não é a realidade.
Pensamentos
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Comportamentos
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• “Isso não é verdade!”
• “Vai passar.”
• “Sempre dou um jeito em tudo, vou resolver isso também.”
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• Buscar uma segunda opinião ou outras
explicações para a questão.
• Continuar se comportando como antes (ignorando a situação).
• Não aderir ao tratamento (no caso de doença) ou não falar sobre o assunto
(no caso de morte, desemprego ou traição).
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Segunda fase: raiva
Nessa
fase a pessoa expressa raiva por aquilo que ocorre. É comum o aparecimento de
emoções como revolta, inveja e ressentimento. Geralmente essas emoções são
projetadas no ambiente externo; percebendo o mundo, os outros, Deus, etc. como
causadores de seu sofrimento. A pessoa sente-se inconformada e vê situação como
uma injustiça.
Pensamentos
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Comportamentos
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• “Por que eu?”
• “Isso não é justo!”
• “Por que fizeram isso comigo?”
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• Perde a calma quando fala sobre o
assunto.
• Recusa-se a ouvir conselhos.
• Evita falar sobre o assunto.
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Terceira Fase: negociação
Nessa
fase busca-se fazer algum tipo de acordo de maneira que as coisas possam voltar
a ser como antes. Essa negociação geralmente acontece dentro do próprio
indivíduo ou às vezes voltada para à religiosidade. Promessas, pactos e outros
similares são muito comuns e muitas vezes ocorrem em segredo.
Pensamentos
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Comportamentos
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• “Vou acordar cedo todos os dias, tratar
bem as pessoas, parar de beber, procurar um emprego e tudo ficará bem.”
• “Vou pensar mais positivamente e tudo se resolverá.”
• “Deus, deixe-me ficar bem de saúde, só até meu filho crescer.” (pessoa ao
saber que está doente)
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• Rezar e fazer um acordo com Deus.
• Buscar agradar (no caso de uma traição).
• Se alimentar com produtos lights e diets para compensar os outros
alimentos.
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Quarta fase: depressão
Nessa
fase ocorre um sofrimento profundo. Tristeza, desolamento, culpa, desesperança
e medo são emoções bastante comuns. É um momento e que acontece uma grande
introspecção e necessidade de isolamento.
Pensamentos
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Comportamentos
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• “Não tenho capacidade para lidar com
isso.”
• “Nunca mais as coisas ficarão bem.”
• “Eu me odeio.”
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• Chorar.
• Afastar-se das pessoas.
• Comportar-se de maneira autodestrutiva.
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Quinta fase: aceitação
Nessa
fase percebe-se e vivencia-se uma aceitação do rumo das coisas. As emoções não
estão mais tão à flor da pele e a pessoa se prontifica a enfrentar a situação
com consciência das suas possibilidades e limitações.
Pensamentos
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Comportamentos
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• “Não é o fim do mundo.”
• “Posso superar isto.”
• “Posso aprender com isto e melhorar.”
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• Buscar ajuda para resolver a situação.
• Conversar com outros sobre o assunto.
• Planejar estratégias para lidar com a questão.
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Ao contrário do que este esquema implica, porém, o processo
do luto é não-linear para a maioria das pessoas que passam por ele. É
importante buscar o apoio da família e pessoas amadas após grandes perdas e
contar com a ajuda de profissionais especializados caso o luto seja severo.